Estreia da ficção sonora «Paisagens Monásticas»

O Ciclo de Concertos «Paisagens Monásticas» foi adaptado ao contexto digital, estando a sua estreia marcada para o próximo dia 27 julho, a partir das 15h00. Esta ficção sonora – dividida em quatro partes – resulta de uma encomenda à ESMAE.

Inicialmente agendado para março do ano passado, mas cancelado devido à crise pandémica Covid-19, o Ciclo de Concertos «Paisagens Monásticas» foi adaptado ao contexto digital, estando a sua estreia marcada para o próximo dia 27 julho, a partir das 15h00, no canal YouTube e página Facebook da Direção Regional de Cultura do Norte.

A iniciativa é realizada no âmbito da Operação Mosteiros a Norte (engloba os mosteiros de Arouca, Grijó, Rendufe, Tibães, Pombeiro e Vilar de Frades), promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte e cofinanciada pelo Programa Operacional Norte 2020.

Esta ficção sonora – dividida em quatro partes – resulta de uma encomenda à ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, assente na ideia de paisagem monástica e dos seus espaços. Para enriquecer o pensamento criativo foram acopladas a esse lugar imaginário quatro articuladores de sentido – silêncio, tempo, voz e água – que desencadearam o processo de criação a partir da sua própria língua composicional.

O resultado de vários meses de composição e ensaios poderá agora ser apreciado, em contexto digital, numa interpretação do Ensemble Contemporâneo e do Coro da ESMAE, com Direção Musical de Barbara Francke e Composição/Obras de Dimitris Andrikopoulos, Eugénio Amorim, Rui Penha e Telmo Marques.

Ficção sonora em quatro partes – silêncio, tempo, água e voz – para coro e ensemble contemporâneo:

Eugénio Amorim – “Psalm 84”

Eugénio Amorim (Psalm 84) ficou vinculado ao articulador silêncio enquanto caminho do encontro para, parafraseando Ruy Belo, aqueles que procuram nos sons um recorte para o silêncio que teima a existir no real, apesar das ameaças.

Dimitris Andrikopoulos – “Revelations”

A Dimitris Andrikopoulos (Revelations) coube o articulador tempo, por forma a torná-lo matéria da história e a ensaiar a possibilidade de reinscrever a música na agenda da memória humana.

Telmo Marques – “Aqua”

A Telmo Marques (Aqua) coube expor a força ontológica de um lugar ficcionado que conquistou, na fronteira da linguagem musical e do imaginário humano – eis a força da água – a fluidez suficiente para requisitar e tornar indispensável, em nós, o carácter flexível, poroso e metafórico de uma paisagem monástica.

Rui Penha – “Händel with care”

A Rui Penha (Haendel with care) foi proposto dar voz à voz enquanto instrumento de diálogo, enquanto ponto de partida para a elegância luminosa das palavras-sons que comunicam e que põem em comum, e no mesmo lugar, a força da sua própria enigmaticidade.

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