UTAD estuda marcas de pedreiro em monumentos

A equipa de investigadores da UTAD - Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, que se tem dedicado ao estudo das marcas de pedreiro em vários monumentos, acaba de publicar um artigo sobre a análise gliptográfica realizada na Igreja de São Tiago de Folhadela.

A equipa de investigadores da UTAD – Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, que se tem dedicado ao estudo das marcas de pedreiro em vários monumentos, acaba de publicar um artigo na revista científica ScienceDirect sobre a análise gliptográfica realizada na Igreja de São Tiago de Folhadela.

A análise compreendeu estudos petrológicos, marcas de pedreiro e estratigrafia de paredes.

Recentemente, o geólogo e investigador da UTAD, David Martín Freire-Lista, nos estudos em que se vem especializando sobre as marcas deixadas pelos pedreiros nos monumentos antigos, concluiu que a Igreja de Guadalupe (na foto) foi construída entre os séculos XII e XIII. “Cada um dos seus blocos mostra a marca dos pedreiros medievais que a construíram, sendo possível observar até nove tipos diferentes de marcas, correspondentes a letras proto-góticas usadas nos séculos XII e XIII”, sustenta o investigador.

A igreja de Nossa Senhora da Guadalupe, em Ponte, freguesia de Mouçós Lamares em Vila Real, considerada uma das igrejas românicas mais bem conservadas da Europa, apresenta o ano de 1529 como data da sua construção, contudo as mais recentes investigações mostram que foi construída pelo menos três séculos antes.

Pela análise das paredes da igreja, seja através das marcas dos pedreiros, seja pela iconografia dos “cachorros” nas fachadas, podem obter-se – segundo David Freire-Lista – “informações sobre a construção, permitindo entender a evolução ao longo da história e outros aspetos de natureza etnográfica, como sejam os principais produtos cultivados na região durante a Alta Idade Média”.

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