Rede Euterpe: fórum de museus e coleções de música e som

O Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro, é um dos 20 organismos culturais fundadores da Rede Euterpe, um fórum de museus e coleções de música e de som. A apresentação oficial decorreu, na passada sexta-feira, no Museu Nacional da Música.

Vários responsáveis e especialistas em museus e coleções de música e som juntam-se para criar a Rede Euterpe – fórum de museus e coleções de música e de som. Uma plataforma impulsionada pelo Museu Nacional da Música, da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), que será apresentada no dia 17 de março, às 14h00, no Museu Nacional da Música, em Lisboa.

A Rede Euterpe – criada com carácter informal, transversal e colaborativa – conta já com 20 instituições portuguesas como membros (15 públicas e cinco privadas) e está aberta a integrar quaisquer instituições coletivas, públicas ou privadas, museológicas ou não, detentoras de coleções de som e de música.

O objetivo da Rede Euterpe, coordenada pelo Museu Nacional da Música, é atuar como um fórum de encontro, de discussão e de desenvolvimento de projetos conjuntos entre as instituições participantes, promovendo sinergias e ações de apoio à preservação, inventariação, estudo e comunicação de acervos.

Edward Ayres de Abreu, diretor do Museu Nacional da Música, explica que a ideia de criar este fórum surgiu «da constatação de falta de contacto entre profissionais da área (conservadores, conservadores-restauradores, diretores e gestores de coleções, entre outros) no domínio específico do som e da música (instrumentos musicais, fonogramas, partituras, entre outros), num contexto em que existem diversas estruturas com objetivos similares e que partilham desafios de vária ordem no âmbito da preservação, investigação e comunicação das coleções».

Em última instância, pretende-se «reforçar a consciencialização das instituições, dos seus públicos e das comunidades em geral para a necessidade de melhor servir a causa patrimonial do som e da música como dimensões culturais de fulcral importância na formação cívica e intelectual de toda a sociedade», acrescenta.

O lançamento público da Rede Euterpe, a 17 de março, dia simbólico da sua criação oficial, será aberto ao público e inclui apresentações de cada entidade participante, com o objetivo de darem a conhecer os projetos em curso.

Para além dos membros das instituições participantes, o evento terminará com uma apresentação da especialista em pianos históricos Marie-BrigiƩe Duvernoy, que se encontrará durante esta semana, no Museu Nacional da Música, a fazer uma peritagem ao piano Boisselot & Fils, que o célebre virtuoso Franz Liszt ofereceu em 1845 à coroa portuguesa.

A Rede Euterpe reúne, no momento da sua fundação, vinte estruturas, incluindo algumas ainda em fase de desenvolvimento, como o Arquivo Nacional do Som, que terá sede em Mafra, ou o Museu das Máquinas Falantes, um projeto do Município de Alcobaça.

Ao complexo universo da música podem estar associados diferentes suportes documentais e meios de realização sonora, o que se reflete na diversidade de estruturas com acervos diretamente relacionados com algum tipo de prática musical, e que incluem, para além dos já citados, a Biblioteca Nacional de Portugal, as Bibliotecas da Universidade de Aveiro e o INET-md Aveiro, a Casa Memória Lopes-Graça, a Casa-Museu Amália Rodrigues, o Hot Clube de Portugal, o Museu da Música de Coimbra, o da Música Mecânica, o da Música Portuguesa, o da Terra de Miranda, o de Etnomúsica da Bairrada, o do Cante, o do Fado, o Nacional de Etnologia, o Nacional dos Coches, o Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, a Radiolândia — Museu do Rádio e a Sociedade de Geografia de Lisboa.

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