A arquivística moderna postulou os seus fundamentos nos finais do século XIX; estabelecendo os seus princípios básicos, no que diz respeito à proveniência, segundo as suas origens imediatas e funcionais, princípios que deram origem às práticas arquivísticas. No entanto, ao longo do século XX essas noções (proveniência e ordem natural), embora questionadas, não foram submetidas a crítica ou revisão.
Os arquivos e, por conseguinte, os arquivos de arte, não são mais entendidos como séries de documentos imóveis produzidos por uma pessoa ou uma instituição; os arquivos de arte estão constantemente a mudar de vida, pois contêm documentos que são continuamente ativados por arquivistas, estudantes e investigadores, num processo contínuo.
Numa altura em que os arquivos dos museus normalmente fazem parte das suas coleções de arte e ocupam um lugar estratégico na sua abordagem, o simpósio reúne arquivistas, curadores, artistas, historiadores e investigadores de todo o mundo, interessados em explorar a prática arquivística contemporânea no âmbito dos museus de arte do século XXI, para debater a peculiaridade da prática arquivística dos arquivos de arte.
“O inventário dos objetos inclui uma fotografia de cada uma das 288 peças da coleção, mas a sua descrição é breve, com lacunas na identificação de proveniências e doadores. O inventário é omisso em relação ao uso ou função anterior dos objetos ou outros elementos da vida do objeto em Portugal. A escassez do nível de informação obriga a reproduzir a referência geográfica geral “África” para a sua designação, protegendo cada uma destas peças do contacto com a sua historicidade, à semelhança do que fazia o arquivo etnográfico do século XIX.
Em 2021, o Museu de Lamego, em parceria com a Escola Secundária Latino Coelho convidou Catarina Simão a desenvolver um projeto artístico e educativo denominado «Sala Colonial», em referência à sala onde, a partir de 1938, os artefactos eram expostos na Escola, entre mapas, livros, caveiras de animais e um padrão português, à época dito dos Descobrimentos” (Catarina Simão).
Programa e inscrições para participação (presencial ou streaming) – AQUI