Nascido em Coimbra em 1977, Bruno José Navarro Marçal fez os estudos secundários em Vila Nova de Foz Côa e licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, onde fez também um mestrado em História Contemporânea. Doutorou-se depois pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, onde chegou a ser professor, exercendo também a docência no Instituto Superior de Ciências Educativas. Era ainda investigador no Centro Interuniversitário de História da Ciência e da Tecnologia e no Centro de História da Universidade de Lisboa. da Ciência e da Tecnologia e no Centro de História da Universidade de Lisboa.
Bruno Navarro era um forte defensor do património, tendo sido ativista do movimento “As gravuras não sabem nadar” que, em 1994, a partir da escola secundária de Foz Côa, se opôs à construção da barragem da EDP que deixaria submersas as rochas com inscrições classificadas pela UNESCO em 1998 como Património da Humanidade.
O Museu do Côa começou a ser pensado logo nos primeiros dias da polémica da construção da barragem, no Baixo Côa, em 1995, mas foi apenas após a classificação da Arte do Côa como Património Mundial, em 1998, que o Governo português se comprometeu e avançou com a construção de um grande museu.
Em julho do ano passado, Bruno Navarro promoveu uma homenagem ao antigo primeiro-ministro e atual secretário-geral da ONU António Guterres por ter sido o político que, em 1995, suspendeu as obras da barragem, a favor da salvaguarda do património rupestre, considerado o maior santuário do paleolítico ao ar livre do mundo.
Créditos fotográficos: Nelson Garrido