A intervenção, que está a ser concretizada pelo Serviço de Arboricultura da Fundação de Serralves, foi antecedida da análise de especialistas e foi objeto de parecer positivo dos serviços competentes da Câmara Municipal do Porto.
Depois de realizado o diagnóstico sobre o estado de conservação das espécies existentes no Jardim Histórico da Casa Allen, constatou-se a necessidade de proceder à poda e/ou abate de algumas árvores. Os trabalhos encontram-se atualmente em curso, sendo já visíveis os impactos da intervenção.
Visando a manutenção do Jardim Histórico da Casa Allen, bem como garantir a segurança de pessoas e bens que circulam no espaço (aberto ao público), a Direção Regional de Cultura do Norte adjudicou os serviços à equipa de arboristas de Serralves.
Será concretizada uma intervenção em 44 espécimes arbóreos:
34 espécimes arbóreos – Poda de manutenção, remoção de ramos mortos, arejamento de copas, correção de cortes e redução de ramos com excesso de carga;
10 espécimes arbóreos – Abate por técnica de desmontagem.
O Serviço de Arboricultura da Fundação de Serralves é constituído por um núcleo de especialistas e de técnicos formados na área, e está preparado para desenvolver trabalhos práticos de tratamento e conservação de árvores de forma a garantir o seu equilibro fisiológico, sanitário e estético.
Concluída a intervenção de manutenção, a Direção Regional de Cultura do Norte irá proceder à plantação de novas espécies assegurando a reflorestação do espaço, de acordo com o projeto de arranjo paisagístico que se encontra já em elaboração.
A Casa Allen foi mandada construir, em 1927, pelo 3º Visconde de Villar d´Allen, Joaquim Ayres de Gouveia Allen, engenheiro de formação e cônsul da Bélgica no Porto, para sua residência, segundo projeto do Arquiteto Marques da Silva.
Foi erguida numa época em que o Porto assistiu ao surgimento de um grande número de palacetes, que imprimiram à cidade uma marca burguesa.
De acordo com o paradigma da casa burguesa, faz parte integrante da Casa Allen o desenho dos espaços exteriores com jardins que aproveitam três frentes da casa: na frente nascente e sul predomina um esquema racional e na zona posterior, a poente, o espaço sofre uma influência inglesa, mais romântica e naturalista.
A propriedade foi vendida à Secretaria de Estado da Cultura nos anos 70 e está atualmente afeta à Direção Regional de Cultura do Norte. A Casa Allen, jardins e Casa das Artes foram classificados como monumento de interesse público em 2012.