Diplomatário do Mosteiro de Arouca publicado até 2030

A Câmara de Arouca e a Universidade de Coimbra comprometem-se, hoje, a editar o Diplomatário do Mosteiro de Arouca, que, até 2030, tornará públicos documentos referentes a 620 anos de vivência no monumento.

Lançada faseadamente em 10 volumes a partir de 2023, a obra ficará disponível em papel e formato “online”, reunindo todos os documentos que, desde 883 até 1503, aludem ao imóvel e a diferentes aspetos da sua atividade na Idade Média.

O Mosteiro de Arouca será assim, em Portugal, “o primeiro a ter toda a sua documentação publicada e disponível em livro e em edição eletrónica”, o que viabilizará a respetiva consulta a partir de qualquer ponto do mundo, “em regime de ciência aberta”.

A investigação e respetiva publicação serão conduzidas pelo Centro de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra, que, sob a coordenação científica de Helena Cruz Coelho e de Luís Miguel Rêpas, já vem analisando não apenas os arquivos do Mosteiro de Arouca, mas também materiais depositados em diversas outras instituições.

Sobre o Mosteiro de Arouca

Documentado desde o séc. X, o mosteiro de Arouca, exclusivamente feminino desde 1154, vai afirmar-se sobretudo a partir do séc. XIII, após nele ter ingressado D. Mafalda, filha de D. Sancho I, aqui tumulada. Das fases mais recuadas restam parcos vestígios, devido às grandes obras de renovação dos séculos XVII – XVIII, que definiram o aspeto atual. A igreja foi construída entre 1704/1730 com traça de Carlo Gimac.

Quando as guerras liberais interromperam tudo no início do século XIX, só estavam feitas duas alas do claustro articulando capítulo, refeitório e cozinha, a nascente e sul. Em 1886, com a morte da última freira, o Mosteiro foi extinto e todos os seus bens transitaram para a Fazenda Pública. Abre-se, então, uma era de utilizações diversas para este amplo conjunto edificado. Na década de 1960, duas alas – cortina em linguagem arquitectónica antiga acabaram o claustro e ocultaram os vazios, dando origem nomeadamente ao chamado “pátio norte”.

O museu de Arouca, um dos melhores acervos regionais de arte sacra do país, guarda muito boa pintura, escultura, mobiliário e prataria dos séculos XVI a XVIII. Guarda ainda um fundo de livros de música, raro e de elevado interesse histórico, constituído por códices manuscritos e impressos litúrgicos e musicais, cuja datação vai dos inícios do século XIII até ao século XIX.

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