O Mosteiro de Santa Maria de Arouca é palco, nos próximos dias 20 e 27 de agosto e 3 e 10 de setembro, do primeiro Ciclo Ibérico de Órgão Rainha Santa Mafalda. Uma iniciativa da Real Irmandade Rainha Santa Mafalda, com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte.
Músicos de Portugal e Espanha vão trazer ao cadeiral do Mosteiro de Arouca um repertório que vai apostar em composições concebidas entre os séculos XVI e XVIII, séculos em que o órgão ibérico de afirmou, tendo registado um dos desenvolvimentos mais significativos, já na segunda metade do século XVII, com a introdução de registos de palheta, que vieram possibilitar a introdução de distintos efeitos sonoros.
Coordenado pelo organista residente, Paulo Bernardino, o ciclo aposta na sua primeira edição num repertório próprio, tendo sido convidados os organistas que, na península, são considerados cimeiros na arte de tanger o órgão e especialistas no repertório ibérico.
O órgão de Arouca, com os seus 1352 tubos, regidos por 24 registos, é um dos mais relevantes e emblemáticos da organaria luso-espanhola. Depois de todo um trabalho de restauro, o órgão soou novamente a 16 de maio de 2009. Em 2023, é o mote para o primeiro Ciclo Ibérico de Órgão Rainha Santa Mafalda.
Entrada livre.