Museu do Neo-Realismo expõe «Representações do Povo»

A Exposição é o resultado de um trabalho conjunto de seis comissários, entre os quais Laura Castro, atual Diretora Regional de Cultura do Norte. A mostra está patente até 8 abril, com entrada livre, no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira.

No Museu do Neo-Realismo, a exposição de longa duração Representações do Povo pretende refletir como artistas próximos ou distintos do neorrealismo representam o povo, na relação com os seus diferentes contextos geográficos e históricos.

São seis os artistas e seis os conjuntos de obras, de Domingos António Sequeira a Graça Morais, passando por Rafael Bordalo Pinheiro, Augusto Gomes, Tereza Arriaga e Jorge Pinheiro. Através deles, o Povo irrompe: refugiados da Terceira Invasão Francesa, a figura derrotada ou ameaçadora do Zé Povinho, os pescadores de Matosinhos, os vidreiros da Marinha Grande, as «Marias» da aldeia transmontana do Vieiro, os camponeses da reforma agrária alentejana, na comovente alegoria a dois dos seus mortos.

A Exposição é o resultado de um trabalho conjunto de seis comissários, Carlos Silveira, Pedro Bebiano Braga, João B. Serra, Laura Castro, Joana Baião e Raquel Henriques da Silva, a qual assumiu a coordenação geral da mesma.

Patente até 8 de abril de 2023. Entrada livre.

Sobre o Museu do Neo-Realismo

O Museu do Neo-Realismo nas atuais instalações foi inaugurado no dia 20 de outubro de 2007. De autoria do Arquiteto Alcino Soutinho, o novo edifício veio concretizar uma das grandes prioridades da política cultural do Município de Vila Franca de Xira, criando as condições para a implementação de um projeto museológico mais ambicioso e de âmbito nacional.

A iniciativa de criação de um Museu dedicado ao neorrealismo nasceu em Vila Franca de Xira na década de oitenta do século XX, da vontade de um grupo de intelectuais ligados ao movimento neorrealista, concretizado através da criação da Comissão Instaladora do Museu do Neo-Realismo e da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo (APMNR).

Em 1993 foi dado mais um passo com a abertura ao público do Centro de Documentação do Museu. O projeto do Museu foi evoluindo em torno da área arquivística e bibliográfica, porém, cedo enriqueceu e diversificou o seu património, desenvolvendo um vasto conjunto de coleções museológicas, com destaque para espólios literários e editoriais, arquivos documentais (impressos e audiovisuais), acervos iconográficos, obras de arte, bibliotecas particulares e uma biblioteca especializada na temática neorrealista.

Funcionando durante mais de 15 anos em instalações provisórias, o Museu, numa parceria entre a APMNR e a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, desenvolveu uma importante atividade que constituiu um património fundamental que enformou o atual projeto museológico.

O Museu tem como função incorporar, preservar e dar a conhecer o trabalho dos artistas e escritores neorrealistas, preservando a memória do que foi o movimento neorrealista, um dos mais importantes da história e da arte portuguesa do século XX.

Em simultâneo tem conseguido também, através de uma ambiciosa programação, olhar para as novas gerações de artistas e para a ligação do movimento com a produção artística e literária contemporânea, ultrapassando as fronteiras da sua vocação temática original para se situar, cada vez mais, no território das ideias e da cultura do século XXI.

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