Mosteiro de Pombeiro é palco de promoção de produtos endógenos

O Mosteiro de Pombeiro, em Felgueiras, acolhe, no próximo dia 16 março, mais uma sessão do evento À Descoberta da Identidade Made In Tâmega e Sousa, com o objetivo de promover e valorizar os produtos endógenos do território.

O projeto Made In Tâmega e Sousa, promovido pela Associação Empresarial de Vila Meã, convida profissionais do setor do turismo, a (re)descobrir o património cultural da região, através da degustação de receitas confecionadas com produtos endógenos, a apresentar diferentes registos, em termos de proposta gastronómica. O segundo encontro da iniciativa está marcado para o dia 16 de março, no Mosteiro de Pombeiro, com o chefe Pedro Machado.

Os eventos terão início às 17h30 e incluem, no seu programa, visita às igrejas dos mosteiros, momentos de partilha literária e musical, bem como degustação com 2 chefes – o chefe coordenador, Renato Cunha, e os chefes convidados para cada iniciativa.

A cozinha que Renato Cunha preconiza tem como principais ingredientes os produtos com identidade portuguesa e de preferência com origem numa agricultura sustentável – uma cozinha manifestamente de raízes populares, com grande rigor técnico e temperada com criatividade e inovação.

Nos eventos são utilizadas plantas aromáticas do Tâmega e Sousa, como condimentos, mas também servidas em infusões, harmonizadas com a gastronomia apresentada pelos chefes, num conceito criado pela Infusões com história, o Tea Experience.

O receituário das principais propostas apresentadas em cada momento gastronómico será documentado numa revista de receitas, para instigar o interesse na utilização dos mesmos produtos por outros operadores dentro e fora do território, bem como pelos consumidores.

O Made in Tâmega & Sousa prevê a execução dos eventos referidos, ações de capacitação com os produtores da região, uma monografia dos produtos endógenos, um plano estratégico, um guia de inovação, um vídeo promocional, um portal, uma aplicação móvel e uma revista de receitas.

O projeto Made In Tâmega e Sousa é promovido pela Associação Empresarial de Vila Meã, em parceria com entidades locais.

Sobre o Mosteiro de Pombeiro

Uma das mais antigas instituições monacais do território português, documentada desde o ano 853, foi transferido de local e reconstruído nos séculos XI e XII, embora pouco reste das campanhas construtivas empreendidas pelos monges beneditinos dessa época. Em 1112 recebeu carta de couto de Dona Teresa e foi patrocinado pela importante família dos Sousões de Ribavizela. Tornou-se um dos grandes potentados da região, acumulando vasto património fundiário e influência política.

O projeto românico arrancou algumas décadas depois, sob o impulso dos Beneditinos e da importante família dos Sousões de Ribavizela, que deixaram a sua marca na tipologia da igreja, que segue fielmente a planimetria dos grandes mosteiros da ordem: corpo tripartido de quatro tramos, cobertura de madeira, transepto não saliente e cabeceira abobadada e tripartida, de perfil escalonado, de testeira circular e com capela-mor mais ampla que os absidíolos. A sua datação deve colocar-se ao longo da segunda metade do século XII, ou já das primeiras décadas do século seguinte.

No exterior do transepto conserva-se uma inscrição de 1199, que refere D. Gonçalo de Sousa, eventual responsável da obra românica. É de supor que por essa altura os trabalhos estivessem neste ponto, o que é coerente com as caraterísticas do portal axial. Perdida grande parte da campanha românica pelas múltiplas alterações posteriores, o portal é o principal elemento remanescente desse período. A análise estilística confirma uma datação tardia, de que são caraterísticas as formas vegetalistas exuberantes e irregulares (aqui tratadas com grande carácter inventivo) ou os antigos temas de meados do século XII recuperados com uma nova estética, a mesma que se encontra em Paço de Ferreira e no chamado Românico Nacionalizado do século XIII.

No séc. XVI foram introduzidas na fachada duas torres maneiristas. No séc. XVIII foram concebidos diversos altares para o interior da igreja e no início do séc. XIX o claustro foi remodelado segundo os padrões neoclássicos, um modelo sem paralelo nos espaços monásticos do Norte do país.

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