Exposição temporária “Pedras”, a decorrer em simultâneo no Mosteiro de Arouca e no Museu das Trilobites em Canelas – Arouca, de 20 dezembro 2022 a 21 janeiro 2023.
A exposição é produzida por Carla Cruz, Cláudia Lopes e Miguel Lopes, no âmbito do projeto de investigação SHS – Soil health surrounding former mining areas: characterization, risk analysis, and intervention, numa parceria entre a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (através do i2ADS), Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Esse projeto tem como premissa olhar as marcas resultantes das atividades mineiras em três territórios diferentes, no eixo que vai de Valongo a Castelo de Paiva e Arouca.
Carla Cruz, Cláudia Lopes e Miguel Leal trabalharam sobretudo em volta do território do Arouca Geopark. Dos resíduos depositados em escombreiras, dos resíduos arquitectónicos, mas também dos resíduos político-poéticos deixados na paisagem e nos corpos, na memória das gentes e da terra, resulta em parte esta exposição.
Sobre o Museu das Trilobites – Centro de Interpretação Geológica de Canelas
Bivalves, rostroconchas, gastrópodes, cefalópodes, braquiópodes, crinóides, cistóides, hiolítidos, conulárias, ostracodos, graptólitos e icnofósseis ganham nova vida, no Centro de Interpretação e Investigação Geológica de Canelas.
Mas são as trilobites que se destacam, como os maiores exemplares do mundo, da sua espécie. Os vários fósseis aqui expostos contam-nos histórias da história da Terra, alguns dos capítulos mais longínquos da evolução da vida no nosso planeta.
Aberto ao público desde 1 Julho 2006, na freguesia de Canelas, nas imediações da “Pedreira do Valério”, este museu particular tem desempenhado um papel fundamental no estudo, preservação e divulgação deste património, recolhido nas ardósias aflorantes da sua envolvente pela empresa Ardósias Valério & Figueiredo, Lda., formadas num antigo mar austral há cerca de 465 milhões de anos (Período Ordovícico).
O Centro de Interpretação e Investigação Geológica de Canelas (CIGC) assume-se, assim, como um exemplo de cooperação entre a indústria extrativa, a educação e a ciência.