Projeto Magalhães

Circum-navegando… do local ao global

Comemoração do V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação por Fernão de Magalhães

Comprometida com a produção e difusão de conhecimento sobre acontecimentos históricos relacionados com o território do norte de Portugal, através de diferentes meios, e com a promoção da atividade cultural na região, a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) assumiu a coordenação do projeto Circum-navegando… do local ao global, em parceria com a Estrutura de Missão para as “Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação comandada pelo navegador português Fernão de Magalhães (2019-2022)”.

O projeto inclui manifestações complementares, destacando-se um conjunto de exposições de base científica e com caráter de divulgação para o grande público, produzidas em parceria com nove autarquias; e um livro produzido em parceria com a Academia e com onze autarquias.

Trata-se, portanto, de um projeto que, nas suas diversas facetas, cumpre desígnios que são os da Estrutura de Missão, criada em 2017, particularmente no que se refere ao envolvimento de instituições de ensino superior e de outras entidades públicas e privadas, e os da DRCN no que concerne à articulação com os agentes culturais e com as instituições representativas do território.

Cientificamente coordenada pela dupla de investigadores e docentes universitários, Amélia Polónia e Amândio Barros, a proposta expositiva recebeu o título global de Circum-navegando… do local ao global. Assim, foi possível, entre junho e outubro de 2021, percorrer no norte de Portugal o itinerário de inspiração magalhânica por Caminha, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Sabrosa. Tal itinerário é, ao mesmo tempo, celebração de um acontecimento que mudaria o curso da humanidade e evidência de construções culturais locais, direta ou indiretamente decorrentes daquele acontecimento ou com ele relacionadas.

Ocorrências e derivações de um tempo longo, num espaço restrito a uma região, mas evocador da escala planetária, foram abordadas em contexto expositivo ou em matéria publicada, com a finalidade, primeiro, de lembrar a identidade específica de certos lugares e o quanto essa identidade se deve a viagens e a contactos com outras comunidades; segundo, de recordar que à face da terra formamos uma grande sociedade que, a partir de dado momento, se pôde mutuamente conhecer e construir um destino comum, não isento de tensões e de atritos, mas pleno de cumplicidades e esperança.

A publicação feita no âmbito deste projeto, e que inclui conteúdos produzidos por aqueles municípios a que se associaram Espinho, Ponte da Barca e Porto, permite que uma memória material permaneça para lá da efemeridade das exposições e possa servir para outras abordagens dos temas que nele são tratados, no cumprimento dessa função de aprofundar e gerar novo conhecimento inerente à atividade científica e dessa função mediadora inerente à ação cultural.

Pode aceder aqui à publicação Circum-navegando… do local ao global. [Bilingue, Português e Inglês]

EXPOSIÇÕES

– «Fronteiras de água. Articulações peninsulares. O contrabando como espaço de comunicação transfronteiriça e transimperial». Caminha

– «Cruzar o Oceano. Articular continentes. Modelos de arquitetura e urbanismo em circulação». Viana do Castelo

– «Patrimónios emersos e submersos. Do Local ao Global». Esposende

– «Navegar o Oceano. Comunidades marítimas supranacionais. Memórias, identidades e representações». Póvoa de Varzim

– «Transferir saberes através dos Oceanos: a construção naval». Vila do Conde

– «As economias do mar. A indústria conserveira». Matosinhos

– «Sacralizar experiências. Diáspora, práticas e sociabilidades religiosas». Vila Nova de Gaia

– «Redes de cooperação a uma escala global. As redes magalhânicas». Sabrosa