Exposição “Do que vejo. Aurélia de Souza”

Inaugura na próxima quinta-feira, pelas 18h30, no Museu Quinta de Santiago, a exposição “Do que vejo. Aurélia de Souza”, inserida na evocação do 1º centenário da morte da artista que envolve diversas entidades parceiras.

Inaugura na próxima quinta-feira, pelas 18h30, no Museu Quinta de Santiago, em Matosinhos, a exposição “Do que vejo. Aurélia de Souza”, inserida na evocação do 1º centenário da morte da artista que envolve sete entidades parceiras, culminando com o lançamento do tão esperado Catálogo Raisonné no próximo ano de 2023.

Os municípios de Matosinhos, do Porto, o Museu Nacional Soares dos Reis, a Universidade do Porto, a Universidade Católica, o Instituto de História de Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, congregaram esforços, recursos humanos e técnicos, conforme comunicado no passado dia 1 de abril, para assim repor a relevância e o prestígio de Aurélia de Souza no panorama cultural nacional, mas, também, internacional.

A conceção da exposição, com curadoria conjunta de Cláudia Almeida – coordenadora do museu e Filipa Lowndes Vicente – investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, parte do acervo da autarquia de Matosinhos, uma série de 21 obras da artista que abarcam as várias temáticas desenvolvidas no decorrer da sua atividade artística, para, junto de coleções particulares e públicas, completar o seu universo estético e visual.

O discurso expositivo desenvolve-se em quatro núcleos, quatro quartos de uma também casa hoje transformada em museu : Frente a frente, dedicada ao retrato, género que a artista cultivou ao longo da sua carreira; Diários da Casa, onde se exploram os interiores e exteriores da Casa – Quinta da China – lugar de intimidade e marcadamente feminino; Pintar perto e longe de Casa, onde se conjugam planos pintados, não apenas de paisagens puras, mas também de paisagens habitadas, cenas de quotidiano, rurais ou urbanos; e, finalmente, Sobre a mesa, as naturezas-mortas que Aurélia astutamente valorizou e soube executar, bem adaptadas às condições de vida feminina, sem ameaçar as expectativas da feminilidade, como fonte de rendimento profissional.

Aurélia foi uma ‘visual’, e para além dos registos pintados, desenhados ou ilustrados, usou também a fotografia para se expressar; usou a mais recente tecnologia ao seu dispor, para, juntamente com o seu extraordinário poder de observação, enriquecer o conhecimento do mundo à sua volta e criar as suas obras de arte. Também a abordagem a esta exposição usa das mais recentes tecnologias para proporcionar ao visitante uma experiência mais enriquecedora da vida e obra desta artista que marca decididamente a história da arte em Portugal, apesar de muitos anos esquecida.

Do que via Aurélia: do que via nos outros com quem interagia? Do que via em sua Casa – Quinta de China – verdadeiro ateliê para todas as suas experiências pictóricas e processos criativos? Do que via nas suas viagens? Do que via através da lente fotográfica? Do que via nas outras mulheres e daquilo que abdicou para se entregar ao seu dom, que conseguiu transformar em profissão?

Do que vejo eu, enquanto espectador(a) destas obras, das suas escolhas temáticas, do modo de as abordar, das cores, das luzes e sombras, dos detalhes inusitados das suas obras, do seu arrostar, das suas transgressões à norma?


Museu da Quinta de Santiago
Rua de Vila Franca, 134 , 4450-802 Leça da Palmeira
Tel.:(+351) 229392410
Mail: museuqsantiago@cm-matosinhos.pt
Horário: Terça a domingo (incluindo feriados) das 10h às 13h e das 15h às 18h

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