O galardão, que reconhece e recompensa parques e espaços verdes pela sua gestão, resulta de um trabalho conjunto do Paço dos Duques de Bragança, Município de Guimarães e Laboratório da Paisagem. O resultado é a criação de um percurso interpretativo que permite ao visitante conhecer melhor a flora existente no espaço (que integra duas árvores classificadas como de interesse público), repleto de História, mas também de biodiversidade.
O Green Flag Award teve origem em Inglaterra em 1996, tendo já atribuído o galardão a mais de 2000 parques públicos, jardins e espaços verdes, em 16 países de todo o mundo.
O Jardim do Monte Latito integra a lista anunciada, com 29 vencedores de oito países, nomeadamente da Bélgica, França, Alemanha, Países Baixos, Espanha, Suécia e Turquia.
O Prémio Bandeira Verde, na 25ª edição, é gerido internacionalmente pela Keep Britain Tidy, instituição ambiental sem fins lucrativos, esiada no Reino Unido.
Sobre o Monte Latito
A primeira referência a Monte Latito (Montis Latito), ou seja, Monte Largo, data de 951 e surge na doação da vila de Melres ao Mosteiro de Guimarães. Anos mais tarde, em janeiro de 959, volta a ser mencionado no testamento de Mumadona Dias (Alpe Latito), e de novo em 961 (Monte Latito) e 968 (Alpe Latito).
Monte Latito é, pois, um topónimo usado na Idade Média para designar uma área cujos limites não conhecemos, mas na qual se incluía o Castelo de Guimarães.
Hoje o termo Monte Latito é utilizado para denominar o espaço ajardinado que circunda o Castelo, a Igreja de S. Miguel e o Paço dos Duques de Bragança. Com cerca de 39 000 m2 serve como espaço de lazer e de circulação pedonal entre os três monumentos nacionais.
Adaptado à colina, sem grandes movimentos de terras, o parque apresenta amplos relvados e frondosas árvores que embelezam o espaço. A área é caraterizada por um conjunto arbóreo bastante denso e diversificado onde se destacam os plátanos, castanheiros, castanheiros da Índia e ciprestes.
Recentemente reabilitado, este parque conhece hoje renovadas condições de usufruto do seu espaço e uma maior valorização dos seus elementos edificados de maior reconhecimento e interesse.