Estação Arqueológica do Freixo / Tongóbriga

Cidade romana edificada entre o final do séc. I e o início do séc. II sobre o que terá sido um castro.

As estruturas que foram até agora identificadas – áreas habitacionais, necrópoles, fórum, teatro e edifício das termas – expressam a importância desta localidade, que chegou a ascender a civitas.

O seu prestígio manteve-se para além da queda do Império, como o atesta a basílica paleocristã do séc. V.

A Área Arqueológica do Freixo é composta de um povoado fortificado proto-histórico localizado num pequeno outeiro, do qual subsistem apenas algumas estruturas habitacionais de planta circular, para além do povoado romano, conhecido pela designação genérica de Tongobriga.

Após a recolha realizada em 1882 pelo investigador vimarenense, Francisco Martins Sarmento (1833-1899), de um bloco granítico onde se fazia menção a Toncobriga, as escavações empreendidas até à data permitem afirmar que, entre os séculos I e II d. C., surgiu uma urbe nesta área, possivelmente na consequência de uma estratégia delineada pelos imperadores da dinastia flaviana no âmbito de uma política de ordenamento da Tarraconense.

É no seu perímetro interno que encontramos diversas estruturas habitacionais, destacadas pelo seu carácter multicompartimental de planta retangular, algumas das quais parcialmente escavadas na rocha e outras totalmente erguidas com muros. Os edifícios encontram-se, contudo, implantados em pátios lajeados, com paredes interiores alisadas e estucadas, sendo que um dos dominadores comuns destas edificações é a existência de um sistema de esgotos.

Mas além da área residencial, o povoado detinha toda uma zona perfeitamente delimitada e preferencialmente vocacionada para a produção artesanal especializada, que seria complementada por uma outra de carácter comercial, justificativa da construção de um forum, no centro do qual se erguia o templo.

Apesar dos evidentes condicionalismos geomorfológicos da zona de implantação da urbe, os seus construtores demonstraram uma evidente preocupação em dotá-la de todo o tipo de equipamento que possibilitasse a sua equiparação a uma verdadeira cidade romana, transformando-a num assumido centro de atracão e, até mesmo, de decisão, certamente favorecido pela fácil circulação de pessoas e bens, que a navegabilidade dos rios Douro e Tâmega proporcionava. De entre esses edifícios, destacavam-se as termas, a basílica e o templo, para além do mencionado forum.
Na realidade, Tongobriga ocuparia uma área total de cerca de 30 hectares, abrangendo a própria necrópole. Comparativamente às demais urbes da época, esta poderia ser considerada de médias proporções, pois a zona ocupada pelas áreas habitacionais abrigaria cerca de duas mil e quinhentas pessoas. De todos os equipamentos colectivos existentes na cidade, as termas detinham, sem dúvida, um papel fundamental e central na vida quotidiana dos seus habitantes, assim como das comunidades suas vizinhas. Assim, de toda a zona intervencionada é, precisamente, a termal a que será melhor conhecida, com o seu frigidaerium e natatio, além de uma área aquecida distribuída por dois compartimentos, com o respectivo praefurnium. Localizados numa zona coberta, abobadada, é nas suas proximidades que encontramos um pequeno balneário pré-romano. O facto desta estrutura ter sido integralmente esculpida no afloramento granítico, obrigou a que o seu programa decorativo, em forma de cordão (semelhante ao da Citânia de Sanfins), fosse executado numa pedra separada, posteriormente aplicada nas paredes lisas do seu interior.
Entretanto, localizava-se nas proximidades destes vestígios um lagar escavado na rocha, bem como dois núcleos sepulcrais, enquanto que, a Sul das termas, e já fora do perímetro interno de Tongobriga, identificou-se uma necrópole de incineração e de inumação. As escavações efetuadas até ao momento colocaram a descoberto sepulturas intactas cavadas no próprio afloramento granítico e orientadas paralelamente à estrada romana que atravessava a urbe. No âmbito da filosofia de intervenção nos monumentos arqueológicos visitáveis, instalou-se na Área Arqueológica do Freixo a Escola Profissional de Arqueologia em 1990 e um Gabinete destinado à investigação, conservação e divulgação deste sítio arqueológico.
Adaptado de: IPPAR / IGESPAR

Serviços disponibilizados ao público
Visita livre
Visita guiada mediante marcação prévia
Atividades pedagógicas
Cedência de espaços
Apoio à investigação
Loja, cafetaria / restaurante
Centro de documentação
Escola Profissional de Arqueologia

Localização:

Latitude: 41.161671
Longitude: -8.149416

Rua António Correia de Vasconcelos, 4630-095 Marco de Canaveses, Porto Portugal
Informação Útil:

Horário

Abril a setembro | terça a sexta: 09h30 às 12h30 / 14h00 às 17h30 | Sábados, domingos e feriados: 09h30-13h00/14h30-18h00

Outubro a março: terça a sexta: 09h30 às 12h30 / 14h00 às 17h00 | Sábados, domingos e feriados: 09h30-13h00/14h30-17h00

Encerrado à segunda-feira e nos feriados de 1 de janeiro, Sexta-Feira Santa, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 8 de setembro (feriado municipal) e 25 de dezembro.

Nota: Última entrada 30 minutos antes do encerramento da receção.

As visitas para cidadãos residentes em território nacional são gratuitas aos domingos e feriados, mediante comprovação documental, exceto quando são visitas guiadas (existe um ‘Bilhete Doação’ para os casos em que visitantes queiram doar qualquer valor).

Preço
– Visita às ruínas – 2,00€;
– Visita ao Centro Interpretativo – 2,00€;
– Visita às ruínas + Centro Interpretativo – 3,00€;
– Visita a exposições temporárias (gratuita – exceções indicadas caso a caso)

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Visitas Guiadas

O serviço de visitas guiadas requer marcação prévia: Tel: +351 255 531 090 / + 351 934 057 060 | E-mail: tongobriga@culturanorte.gov.pt

Contactos:

Tel:255531090
Tel:255070167

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